Na última semana, começamos a jornada pela evolução no entendimento do autismo. Os 70 anos que separam 1908 e 1978 foram significativos para que a condição fosse reconhecida e descrita. Outro marco importante foi a admissão do papel da genética como uma das causas principais. Hoje seguimos essa trajetória a partir da década de 80. Veja os principais marcos da comunidade científica em relação ao autismo até hoje:
Novo tipo de transtorno - na década de 80 aumentaram vertiginosamente os trabalhos científicos sobre o autismo. Chegou-se a conclusão que a condição afetava diversas áreas do cérebro, impactando o desenvolvimento de múltiplas funções. Isso fez com que ele fosse classificado pela comunidade médica como uma nova classe de transtornos, os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TIDs).
Lorna Wing - A psiquiatra inglesa é um dos nomes mais importantes na história dos estudos sobre autismo. Estudando o assunto desde os anos 1970, ela desenvolveu a ideia do autismo como espectro, se manifestando em condições e graus variados. Mãe de uma criança autista, ela defendeu uma nova visão social para os autistas e suas famílias e fundou a National Autistic Society (NAS) no Reino Unido.
Terapia comportamental - um estudo publicado em 1988 pelo psicólogo americano Ivar Lovaas revoluciona o tratamento do autismo. Um grupo de 19 crianças autistas, entre 4 e 5 anos de idade, passou por 40 horas de terapia comportamental. Depois de dois anos, elas apresentaram um aumento de 20 pontos no quociente de inteligência (QI). Um grupo de controle que não havia passado pelas sessões de terapia não apresentaram nenhuma melhora.
Vacina - Em 1998, a revista Lancet publicou um artigo afirmando que algumas vacinas, como a contra rubéola e sarampo, causariam autismo. A hipótese foi comprovadamente errada por mais de 20 estudos e a publicação precisou se retratar. A polêmica terminou com a cassação do registro médico do cientista inglês Andrew Wakefield.
2 de abril - em 2007 a ONU institui a data como Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A ação tem impacto global e chama a atenção da sociedade para o autismo e discute propostas para inclusão.
TEA - O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), que guia a comunidade médica e científica, passa a agrupar todos os subtipos do autismo dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e passa a incluir a Síndrome de Asperger.
Recorrência - O relatório publicado em 2014 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) traz a tona números reveladores. Segundo o estudo, 1 a cada 59 crianças nos Estados Unidos seriam autistas. Estima-se que o transtorno atinja 1% da população mundial, ou seja, 70 milhões de pessoas. No Brasil, o número fica em torno de 2 milhões.
Minicérebros – a tecnologia proposta pela Tismoo promete revolucionar a forma com o autismo é tratado. A partir da simulação do cérebro do indivíduo em laboratório, é possível testar medicações e acompanhar os efeitos de forma customizada.
O autismo percorreu uma longa estrada e o caminho ainda é longo. Com o esforço coletivo de instituições, cientistas e sociedade, a Tismoo acredita que novas descobertas podem ampliar nossos conhecimentos. Agora que você conhece melhor o assunto, que tal assinar nossa newsletter para não perder nenhuma atualização?
(Atualizado em abril/2018 com novos números do CDC)