Imagine que você está em busca de um tesouro. Há milhões de pistas soltas e diversos desbravadores tentam encontrar o caminho até o pote de ouro. Quão adiante na caçada você estaria se fosse possível reunir todas as informações disponíveis e desenhar um mapa com prováveis caminhos? Essa é a ideia por trás da utilização de mecanismos de Big Data pela medicina.
Produzir uma imensa teia de dados, que sinalizam estatísticas e fatores comuns, é uma forma inteligente de avançar nas pesquisas médicas.
No caso das síndromes do Espectro Autista, esse tipo de recurso é muito valioso por se tratarem de condições com causas diversas e complexas, além de vários subtipos.
Iniciativas pelo mundo trabalham atualmente para construir uma plataforma comum para pesquisadores sobre o autismo. Ferramentas de análise e métricas vão possibilitar uma visão ampla sobre uma série de estudos já realizados. A diferença é que com esse “banco de dados”, é possível que os cientistas cheguem à novas conclusões.
Um dos programas mais reconhecidos, o MSSNG, que atua em parceria com o Google, está sequenciando o genoma de 10 mil pessoas, entre autistas e familiares. A expectativa é que o acesso a esse material dê novas perspectivas para a ciência, delineando a genética das síndromes e mostrando diferentes alternativas de tratamento.